quinta-feira, 3 de setembro de 2015

AHHHHH!

Às vezes só me apetece gritar. Parece-me que se o fizer, tudo o que está preso dentro de mim sai cá para fora.
Estou num desses momentos. O que está preso? Eu mesma.
Nunca contei o que sinto sobre isto a ninguém, nem à T, nem à I e muito menos ao D. Não quero que pensei que sou tão fraca que nem comigo mesma consigo lidar.
Mas hoje sinto-me pior que nos outros dias, e não, não são as hormonas, por isso decidi vir aqui, gritar um bocadinho virtualmente. Pode ser que ajude.
Cada vez ando mais isolada, sozinha, no meu canto, e quando saiu ou quando estou com pessoas nunca sorriu. Segundo a minha mãe ando numa fase de ser criança e andar sempre a fazer birras, sim porque para ela andar em baixo significa andar a fazer birra. -.-
Sinto-me presa a mim mesma. Às vezes quero sair, quero sorrir, quero divertir-me que nem uma louca com amigas, quero viver a vida, mas não consigo, sinto-me presa a este corpo que não quer avançar, que prefere ficar isolado e sozinho.
Quero livrar-me dele, ou mudá-lo para voltar a conseguir ser a rapariga feliz e louca que todos conheciam pelas suas piadas sem piada, mas sou fraca, admito, não consigo dominar-me, e por vezes para esconder como estou ou como me sinto às pessoas que mais amo, mando sms com sorrisos.
Pode parecer estranho mas é o que realmente sinto. Estou em baixo e sei que não estou a conseguir aproveitar estes últimos dias de férias, simplesmente por estar presa a este corpo deprimido, triste e que não consegue ver as coisas boas da vida.
Isto cansa, e cada vez sinto-me pior, e mais cansada, com a cabeça pesada, sem saber o que fazer mais para lutar contra esta parte triste de mim.
No post anterior esqueci-me de contar uma coisa que tinha acontecido no autocarro quando fui a Vagos. Senti-me assim, presa. Nem consegui rir das piadas que o R me ia dizendo nem das brincadeiras que o M tinha com as filhas, M e I. Fingi que dormia para que ninguém percebesse que eu estava em baixo. Acordei com o J ao meu lado a perguntar-me o que tinha e porque não falava. Disse-lhe que nada, estava bem, ele sorriu-me de forma carinhosa e voltou para o seu lugar. Não ficou convencido com a minha resposta e passou a viagem toda a olhar para mim com aquele olhar de "estàs mesmo bem?" e eu como resposta sorria-lhe e acenava-lhe de forma infantil (é assim que eu e ele normalmente nos cumprimentamos).
Desculpem se fui aborrecida, mas estava mesmo a precisar de mandar este grito virtual.

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